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Aplicações de tecnologias nucleares para fins pacíficos: muito além da produção de armas

Você é daquelas pessoas que quando ouve a palavra “Nuclear” já pensa logo em bombas atômicas e coisas do tipo? Se for, então é hora de desconstruir esse pensamento.

Desde o início dos testes com armas nucleares, em 1945, a sociedade civil passou a se manifestar contra os testes e consequente uso de tais armas. Cientistas, médicos, advogados, organizações de mulheres, institutos de pesquisa, ONGs de desarmamento, políticos, cidadãos expostos a contaminantes resultantes de testes, sobreviventes dos bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki em 1945, enfim, representantes de diversas esferas estiveram envolvidos neste movimento. Já em 1946 a Organização das Nações Unidas estabeleceu como objetivo a abolição das armas nucleares em todo o planeta, desde então esta é uma pauta presente nas assembleias gerais da organização juntamente ao movimento de desarmamento geral.

Além de existirem muitas aplicações das tecnologias nucleares que não estão relacionadas à produção de armas, ainda há a possibilidade de desmantelamento das armas existentes e remanejamento do material para fins pacíficos. O desmantelamento das armas nucleares existentes pode gerar, por exemplo, matéria prima para combustíveis de satélites e foguetes. Os foguetes estão diretamente relacionados às pesquisas em relação à existência de vida, de água e diversas outras questões que são levantadas há séculos pela humanidade. Os satélites são essenciais para a manutenção de tecnologias relacionadas à comunicação; o uso do Sistema de Posicionamento Global – GPS; monitoramento ambiental e meteorológico, dentre outros.
Sendo assim espero que da próxima vez que você ouvir a palavra “Nuclear” seus pensamentos sejam levados para: produção e conservação de alimentos; diagnósticos e tratamentos médicos; produção de energia elétrica; controle de pragas na agricultura. Se, por acaso, a produção de armas passar pela sua mente, que seja para lembrar da luta pelo desarmamento e desmantelamento das armas existentes.

 

Sobre a autora:

|Isabella Rezende Magalhães é representante do Pró-Fissão Nuclear e integrante do Comitê Executivo da organização Women In Nuclear Brasil – WiN Brasil.